Milhares de cristãos são obrigados a sair dos seus países por causa da perseguição.
Israel é o único país do Médio Oriente onde cristãos têm liberdade.
O Cristianismo no Médio Oriente persiste há cerca 2.000 anos, testemunhando guerras e conquistas. Alguns templos fecharam, outros abriram. Mas a população cristã da região caiu de 20%, há cem anos atrás, para menos de 5% hoje em dia.
O medo de professar a sua fé é algo comum entre os cristãos do Médio Oriente. No Egito, cerca de 200.000 cristãos coptas fugiram das suas casas no ano passado, depois de passarem por espancamentos e massacres nas mãos de extremistas muçulmanos.
Desde 2003, 70 igrejas iraquianas foram queimadas e cerca de mil cristãos mortos em Bagdá, fazendo com que mais de metade desta comunidade de milhões de membros decidisse fugir do seu país.
A conversão ao cristianismo é um crime capital no Irão, onde ano passado o pastor Yousef Nadarkhani foi condenado à morte. A Arábia Saudita proíbe as orações cristãs mesmo nas casas.
No passado, mais de 800.000 judeus foram expulsos de países árabes, agora são os cristãos que estão a ser forçados a sair das terras que habitaram durante séculos.
O único lugar no Médio Oriente onde os cristãos não estão em perigo é na Terra Santa. Desde a refundação do Estado de Israel em 1948, as suas comunidades cristãs (incluindo as ortodoxas russa e grega, católicos e protestantes) já cresceram mais de 1.000%.
Os cristãos estão presentes em todos os aspectos da vida de Israel, servindo em cargos do governo e mesmo isentos do serviço militar, milhares de pessoas se oferecem para proteger o país.
Isso não significa que os cristãos israelitas ocasionalmente não encontram intolerância. Mas em contraste com outros lugares do Médio Oriente, onde o ódio aos cristãos é ignorado ou incentivado, Israel continua empenhado, segundo a Declaração de compromisso da Independência “assegurar a igualdade completa de todos os seus cidadãos, independentemente da religião.”
Ela garante o acesso livre a todos os lugares sagrados cristãos, que estão sob controlo exclusivo do clero cristão. Israel está repleta de lugres assim (Cafarnaum, Monte das Bem-Aventuranças, o local de nascimento de João Batista), mas o Estado constitui apenas uma parte da Terra Santa. O resto, segundo a tradição judaica e cristã, está em Gaza e na Cisjordânia. Porém, os cristãos dessas áreas sofrem a mesma situação que os demais na região.
Desde a tomada de Gaza pelo partido Hamas em 2007, metade da comunidade cristã fugiu. As decorações de Natal e outros símbolos cristãos como crucifixos são proibidos. Em dezembro 2010, numa transmissão de rádio, autoridades do Hamas incentivaram os muçulmanos a matar seus vizinhos cristãos. Muitos foram mortos.
Não é de se admirar, portanto, que a Cisjordânia também veja a fuga de cristãos. Eles já foram cerca de 15% da população, agora são menos do que 2%. O controlo de cidades como Nablus, Ramalá e Jericó, passou para o controle da Autoridade Palestina.
Israel, apesar de sua necessidade de salvaguardar as suas fronteiras contra terroristas, permite aos cristãos o acesso às igrejas de Jerusalém, na Cisjordânia e em Gaza. Em Jerusalém, o número de árabes-cristãos, triplicou desde a reunificação da cidade por Israel, em 1967.
Em Belém, nas mãos da Autoridade Palestiniana desde 1995, os cristãos são menos de um quinto da população da cidade.
A virtual extinção das comunidades cristãs do Médio Oriente seria uma injustiça de magnitude histórica. No entanto, Israel permanece como um exemplo de como a convivência pacífica entre pessoas de religiões diferentes é possível.
Traduzido e adaptado de WSJ
Fonte: noticias.gospelprime.com.br
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