Este não é mais um sítio de religião, como tantos que por aì proliferam. Infelizmente, o mundo religioso está dominado pelo materialismo e pelos interesses de projecção pessoal e financeiro de muitos dos seus líderes. Deturpam a verdade com mentiras e usam a ignorância das pessoas que na sua boa fé neles acreditam, aproveitando-se dos seus bons sentimentos e, quantas vezes, também do seu dinheiro. Não sou devoto de nenhuma religião. Todas as religiões, ainda que possam ter alguns fundamentos de bondade, são conduzidas por homens e para homens, pelo que estão viciadas nos seus caminhos. Eu creio no Senhor Jesus Cristo. A minha "religião" é a Pessoa de Jesus Cristo. A palavra religião significa religar (re+ligare) e, de facto, apenas o Senhor Jesus Cristo re-ligou o que estava separado, isto é, o Homem com Deus (1 Timóteo 2:5,6). É por isso que a minha fé não se baseia nas tradições humanas ou em qualquer religião (seja ela católica, evangélica, ortodoxa ou outra), mas nas Palavras do Senhor Jesus Cristo, tais como se encontram exaradas na Bíblia Sagrada, a única regra de fé espiritual em que faço pautar toda a minha meditação e conduta de vida. (Luz para a Vida)

domingo, 7 de fevereiro de 2016

"LEITURA DO PRIMEIRO DOMINGO"

Domingo, 7 de Fevereiro


A REVELAÇÃO DE DEUS. Por F. Gfeller





A revelação que Deus dá de Si mesmo é progressiva e corresponde à natureza das relações estabelecidas com a Sua Criatura.

        
a). O Deus Criador
A Criação inteira proclama o poder e a sabedoria dAquele que ordenou todas as coisas.
"Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos" (Salmo 19:1).
"Levantai ao alto os vossos olhos, e vede quem criou estas coisas" (Isaias 40:26).

"Porque as coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem, pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inexcusáveis" (Romanos 1:20).

Este testemunho torna o homem responsável acerca do seu Criador, e se a fé está nele, capacita-o para receber a Sua Palavra. (Veja-se a continuação do Salmo 19).

"Pela fé entendemos que os mundos, pela palavra de Deus> foram criados" (Hebreus 11:3).
"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no principio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez" (João 1:1-3).
"Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na Terra" (Colossenses 1:16).

b). O Deus Justo e Santo
"E chamou o Senhor Deus a. Adão, e disse-lhe: Onde estás? E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me. E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore. de que te ordenei que não comesses?" (Génesis 3:9-11).
Responsável perante o seu Criador, o homem deve-Lhe submissão. Esta primeira cena no paraíso terrestre fala-nos dos direitos de Deus e da incapacidade do homem para poder cumpri-los. Desta primeira desobediencia provém a história da Humanidade na sua perpétua rebelião contra Deus.

"Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim, também, a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram" (Romanos 5:12).
"Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal, e a vexação não podes contemplar" (Habacuc 1:13).
"Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso" (Apocalipse 4:8).
"Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos" (Isaias 6:3).
"Justiça e Juízo são a base do teu trono" (Salmo 89:14).

c). Deus é Luz, Deus é Amor
Estas duas declarações da primeira epístola de 5. João (capítulos 1:5 e 4:8 e 16) falam-nos da natureza essencial de Deus, enquanto que a Sua Justiça e a Sua Santidade sublinham o que está em relação com as Suas Criaturas. Na4a pode alterar o que Deus é em Si mesmo: "Não há nele trevas nenhumas" (1. de João 1:5). "No Pai não há mudança nem sombra de variação" (Tiago 1:17).

"Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, porque todos os seus caminhos juízo são; Deus é a verdade, e não há nele injustiça; justo e recto é. Vede agora que Eu, Eu O sou" (Deuteronómio 32:4 e 39).
"Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente" (Hebreus 13:8).
A estes caracteres de "Luz" e "Amor" correspondem as manifestações de graça e de verdade, reveladas muitas vezes juntas nas Escrituras. É a forma sob a qual o incompreensível da natureza divina é colocado ao nosso alcance. A Palavra de Deus é o seu apoio e o Espírito Santo o Agente dispensador ou distribuidor, e é então que a fé os recolhe e se apropria deles.

d). A Relação de Deus com a Sua Criatura
Embora esta relação tenha sido interrompida por causa do pecado, o pensamento de Deus, assim como o Seu desejo quanto ao homem, permanecem intactos Deus estabeleceu, para felicidade do homem, uma relação correspondente à revelação que Ele dá de Si mesmo, e que sofreu uma progressão com o decorrer dos tempos.
Em Abel encontramos a base destas relações: o seu sacrifício. O sacrifício é o único meio que permite ao homem pecador poder entrar em relação com o Deus Santo. Prefigurando o sacrifício de Cristo sobre a Cruz, a oferenda de Abel, bem acolhida da parte de Deus, estabeleceu um princípio imutável: "Por ela, depois de morto ainda fala" (Hebreus 11:4). "Chegastes ao monte de Sião, e à cidade de Deus, do Deus vivo... e a Jesus, o Mediador de uma Nova Aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel" (Hebreus 12:22 e 24).
Até Moisés, esta relação foi individual. Enoque, Noé e os patriarcas provaram a doçura destas relações, que implicavam a fé nos que delas desfrutavam, e de onde provinham as promessas acerca de uma descendência, ainda antes de a nação ter sido constituída e poder entrar nesta relação.
Quando Deus Se revelou a Moisés, declarou-lhe que era o Deus de Israel. Com o nome de Jehovah, o Eterno, entra em relação com um povo que não O conhecia e a quem vai revelar o Seu grande poder ao livrá4o da escravidão que sofria no Egipto.
Toda a História de Israel, até ao cativeiro em Babilónia, está caracterizada por esta relação com Deus, frequentemente perturbada pelas múltiplas desobediências deste povo, que só subsistiu graças à grande paciência de Deus. Mas esta paciência chegou ao fim e Deus teve de abandonar o povo que havia escolhido. Todavia, a Sua grande misericórdia permite que um Remanescente volte ao país e ali permaneça até à vinda de Jesus Cristo. Durante este período, Deus toma o nome de "Jehovah dos Exércitos" para falar com eles. Deixa de ser o Deus de Israel para Se converter no Deus dos Exércitos Celestiais, pronto a intervir em favor do Seu povo, mas sempre disposto a esperar o seu arrependimento, para actuar em seu favor.
Na expectativa da restauração do povo terrestre, a vinda a rejeição de Jesus Cristo abrem uma nova etapa, caracterizada por uma nova revelação de Deus e urna nova relação com Ele. Pouco depois da Sua ressurreição, o Senhor confia a Maria Madalena uma mensagem de um extraordinário alcance: "Vai para meus irmãos, e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus" (João 20:17).
Esta revelação coloca o crente actual numa relação muito íntima com Deus: "Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus" (1. de João 3:1). "E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de Seu Filho, que clama: Aba, Pai. Assim que já não és mais escravo, mas filho" (Gálatas 4:6-7). Que direito tínhamos? Nenhum, por hipótese; só a graça de Deus dá acesso a este favor. Se fizemos a Deus a maior das ofensas, não é isto menosprezar tal dom de graça?
O conhecimento de Deus não pode ser adquirido senão pela revelação que Ele dá de Si mesmo, e a Bíblia é esta revelação! Nenhuma filosofia nem nenhuma ciência podem substituir a simples leitura da Palavra de Deus. O coração que se deixa impregnar por ela é o único capaz de sondar as Santas Escrituras, para descobrir nelas o que possa satisfazê-lo plenamente, tanto para o presente como para a eternidade.


FONTE:
Leituras Cristãs
Volume XXXI
http://www.irmaos.net/

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