Este não é mais um sítio de religião, como tantos que por aì proliferam. Infelizmente, o mundo religioso está dominado pelo materialismo e pelos interesses de projecção pessoal e financeiro de muitos dos seus líderes. Deturpam a verdade com mentiras e usam a ignorância das pessoas que na sua boa fé neles acreditam, aproveitando-se dos seus bons sentimentos e, quantas vezes, também do seu dinheiro. Não sou devoto de nenhuma religião. Todas as religiões, ainda que possam ter alguns fundamentos de bondade, são conduzidas por homens e para homens, pelo que estão viciadas nos seus caminhos. Eu creio no Senhor Jesus Cristo. A minha "religião" é a Pessoa de Jesus Cristo. A palavra religião significa religar (re+ligare) e, de facto, apenas o Senhor Jesus Cristo re-ligou o que estava separado, isto é, o Homem com Deus (1 Timóteo 2:5,6). É por isso que a minha fé não se baseia nas tradições humanas ou em qualquer religião (seja ela católica, evangélica, ortodoxa ou outra), mas nas Palavras do Senhor Jesus Cristo, tais como se encontram exaradas na Bíblia Sagrada, a única regra de fé espiritual em que faço pautar toda a minha meditação e conduta de vida. (Luz para a Vida)

sábado, 14 de julho de 2012

"FUNDAMENTOS" DOUTRINAIS DA FÉ CRISTÃ

A Ressurreição de Jesus Cristo
 Por Joel Timóteo Ramos Pereira
 

1. O PROBLEMA
A base fundamental que dá carácter singular ao Cristianismo é a ressurreição de Jesus Cristo. Mas Jesus ressuscitou verdadeiramente? Não será essa uma história inventada? A resposta que for dada é sobremaneira crucial, na medida em que ou a ressurreição é uma das mais cruéis, maldosas e desumanas fraudes jamais introduzidas pelo homem, ou então, é o facto mais grandioso da história universal. Alguns dos factos relevantes à ressurreição do Senhor Jesus Cristo são os seguintes: Jesus de Nazaré, um profeta judeu que proclamou ser o Cristo profetizado nas Escrituras Judaicas, foi preso, julgado como um criminoso e por fim, sem nEle se ter achado qualquer falta, crucificado. Três dias depois da sua morte, algumas mulheres que foram ao seu túmulo descobriram que o corpo tinha desaparecido. Os discípulos afirmaram que Deus O tinha ressuscitado dos mortos, e que lhes apareceu várias vezes antes de ascender ao Céu. Nesta base, o Cristianismo espalhou-se por todo o Império Romano, e tem continuado a exercer profunda influência através dos séculos. Houve realmente ressurreição? A ressurreição de Jesus e o Cristianismo ou ficam ambos de pé ou caem juntos. Se ressuscitou, o Cristianismo é verdadeiro. Se não, é uma fraude.

2. O ENTERRO DE JESUS
O corpo de Jesus, de acordo com o costume judaico, foi envolvido num lençol de linho (Lc 23:53). Cerca de 40 Kg de substâncias aromáticas misturadas para formar uma substância gomosa, foram aplicadas nas faixas de panos envolvidas à volta do corpo (cfr. Lc. 23:56; Jo. 19:39). Depois do corpo ter sido colocado num túmulo sólido na rocha, uma enorme pedra foi rolada contra a entrada do túmulo (Mt. 27:60). Geralmente, estas pedras eram roladas por meio de alavancas (v. Mc. 15:46) e pesavam cerca de 2 toneladas. Uma guarda romana composta por homens de guerra, disciplinados (cerca de 11 a 18 soldados), foi colocada a guardar o túmulo. Quem não cumprisse o seu dever era severamente punido. Esta guarda afixou no túmulo o selo romano (símbolo do seu poder e autoridade) tendo em vista evitar alguma tentativa de violação do sepulcro.


3. O TÚMULO... VAZIO!
Mas no primeiro dia da semana, o túmulo estava vazio. Os seguidores de Jesus disseram que Ele tinha ressuscitado dos mortos. Afirmaram que Ele tinha aparecido durante um período de 40 dias, apresentando-se com «muitas e infalíveis provas» (At. 1:3). Paulo refere que Jesus apareceu uma vez a 500 dos seus seguidores, a maior parte dos quais ainda se encontravam vivos e podiam confirmar o que o apóstolo Paulo escreveu mais tarde (1Cor. 15:6).
O túmulo estava vazio.
PAUL ALTHUS refere que «a ressurreição não se aguentaria um único dia, uma única hora, se o facto do túmulo estar vazio, não tivesse sido confirmado por todos».
Os cristãos crêem pela fé que Jesus ressuscitou. Mas têm também abundantes evidências históricas. As teorias desenvolvidas para negar a ressurreição servem apenas para aumentar a confiança na veracidade do relato bíblico. Mas analisemos algumas dessas teorias.
3.1. O Túmulo Errado?
KIRSOPP LAKE propôs uma teoria, segundo a qual as mulheres que anunciaram que o corpo tinha desaparecido se tinham enganado e teriam ido ao túmulo errado. Bem, mas se assim fosse, então os discípulos que foram verificar se o corpo tinha ou não desaparecido (Jo. 20:3) também se enganaram e foram ao túmulo errado? Além disso, certamente que as autoridades judaicas que pediram uma guarda romana junto do túmulo não se enganariam na sua localização, nem outrossim os soldados romanos. Se se tratasse de outro túmulo, certamente que iriam buscar o corpo ao túmulo certo, terminando para sempre todo e qualquer rumor sobre a ressurreição.
3.2. Alucinações e Ilusões?
A outra teoria sugere que as aparições de Jesus teriam sido simples ilusões. Acontece porém que esta teoria não é apoiada pelos princípios psicológicos que determinam as aparições e ilusões, nem coincide com a circunstância histórica. Na verdade, foram centenas de discípulos que O viram, por várias vezes, em diferentes locais, nas mais variadas circunstâncias. Além disso, os discípulos estavam inicialmente receosos e fecharam-se em casa. Como discípulos receosos convencer-se-iam com ilusões e saíram para a rua anunciando-o?
3.3. Morte Aparente?
VENTURINI apresentou há alguns anos uma teoria segundo a qual Jesus não tinha efetivamente morrido, simplesmente desmaiou devido ao cansaço e perda de sangue, Todos O julgavam morto e, quando reanimou, os discípulos pensaram que tinha ressuscitado. Acontece porém que, segundo as palavras de um outro céptico (D.F.STRAUSS), é impossível que um ser humano, roubado meio morto da cruz, que se arrastasse fraco, doente e necessitado de tratamento médico, de ligaduras e que por fim cedeu aos seus sofrimentos, pudesse ter dado aos discípulos a impressão de que era um conquistador sobre a morte? Além disso, como é que alguém nessa situação podia ter removido, sozinho, a pedra de duas toneladas, dominado os soldados romanos armados da cabeça aos pés e por fim ter escapado por mais de dois quilómetros?
3.4 O Corpo Roubado?
Em desespero de causa há ainda quem sustente que os discípulos teriam roubado o corpo de Jesus. Porém, a depressão e a covardia reveladas pelos discípulos não se coaduna com a súbita bravura e ousadia de enfrentar um destacamento de soldados e roubar o corpo. Aliás, como explicar a dramática transformação de seres desprezados, desanimados e fugitivos em testemunhas a quem nenhuma oposição pôde calar - nem prisão, nem império romano, nem perseguição. Os discípulos foram inclusive mortos. Ora, nenhum homem na sua perfeita consciência é capaz de se entregar à morte, sabendo que tudo aquilo era uma fraude ou mentira criada por si próprio! Além disso, a teoria de que as autoridades judaicas ou romanas tivessem tirado o corpo de Jesus não tem qualquer lógica, na medida em que quando os discípulos proclamaram a ressurreição, bastava às autoridades mostrar o corpo e assim desse modo banido e destruído por completo o Cristianismo pela base. Aliás, o relato bíblico de Mt. 28:11-15 mostra que tal era impossível pelo suborno que os líderes judaicos deram aos soldados romanos para que estes mentissem.


4. EVIDÊNCIAS
Muitas podem ser as teorias de cépticos, ateus e agnósticos que pretendem negar a veracidade da ressurreição do Senhor Jesus Cristo. Porém, nenhuma teoria é capaz de apagar os feitos do Cristianismo ao longo dos séculos, os quais tiveram a sua base na morte e ressurreição do Senhor Jesus Cristo. Aliás, não há facto mais claramente provado que a ressurreição. Ninguém batalha contra ilusões ou invenções: apenas contra realidades. O túmulo onde Jesus foi sepultado ficou mesmo vazio e não há nenhum sinal de evidência nas fontes literárias, epigrafia ou arqueologia que negue esse facto.
Mas o maior testemunho de todos é a transformação radical e testemunho dos Cristãos do I Século. Não houve qualquer benefício visível (prestígio, riqueza ou ascensão social) que pudessem obter para a sua total consagração ao Senhor Ressuscitado. Pelo contrário, estes cristãos foram espancados, apedrejados, torturados, lançados aos leões e queimados vivos. No entanto, sempre pacíficos, nunca impuseram pela força as suas crenças: deram as suas vidas como prova máxima da sua inteira confiança na verdade da sua mensagem.
Prezado amigo: Não deseja conhecer este Senhor Ressuscitado? Ele hoje está no Céu e diz-lhe com grande amor: «Vinde a Mim, todos que estais cansados e oprimidos e Eu vos aliviarei». Ele deseja oferecer-lhe a salvação, a vida eterna. Basta que ouça a Sua Palavra e creia no Nome do Senhor Jesus Cristo (S.João 5:24). Se assim o fizer, Deus entrará na sua vida e dar-lhe-á o poder de ser feito filho de Deus (Jo. 1:12). Se tiver dúvidas ou quiser algum esclarecimento, escreva-nos, que prontamente entraremos em contacto consigo. E creia no Senhor Jesus Cristo - Ressuscitado e Vivo para o salvar e lhe dar plena vida.

(Fonte: irmaos.net)

Se deseja saber mais acerca deste assunto,
contacte-me para: alfredopsilva@gmail.com

domingo, 1 de julho de 2012

"FUNDAMENTOS" DOUTRINAIS DA FÉ CRISTÃ



O POVO DE ISRAEL 
Embora o pensamento de Deus tenha sido o de Se revelar a toda a Criatura, escolheu um povo para receber essa revelação. Foi escolhido segundo a sabedoria de Deus e não por causa de uma qualificação particular. A sua História demonstra claramente que o privilégio de se ser depositário dos oráculos de Deus não requer, de início, um carácter especial de nobreza moral.

A Sua Origem
Entre a família humana surgida de Noé, após o dilúvio, Abraão foi o primeiro a ser interpelado por Deus. O conhecimento do verdadeiro Deus tinha-se esbatido, misturando-se com a idolatria nascente. Naquele tempo, o testemunho de Deus era transmitido oralmente, de uma geração a outra. Apesar da longevidade da vida de então, que permitia que, pelo menos, seis gerações pudessem conviver, esta transmissão oral da Palavra de Deus não estava isenta de profundas falsificações. Por isso tornava-se indispensável uma revelação particular da parte de Deus, assim como a acção do Espírito Santo para tornar possível a manutenção da relação entre o homem e Deus.
A chamada de Abraão dá-nos a conhecer dois factos de fundamental importância: a separação, "sai da tua terra e de entre a tua parentela" e a obediência da fé, "e dirige-te à terra que eu te mostrar" (Actos 7:3). São-lhe feitas promessas sem condição alguma em relação com a sua descendência. Essas promessas são depois renovadas a Isaac e a Jacob, que devem ainda esperar o seu cumprimento num país onde são estrangeiros. A história destes três patriarcas está cheia de ensinamentos, e o leitor conhecê4os-á com proveito, lendo o capítulo 12, e seguintes, do livro de Génesis.
Portanto, com Abraão, Isaac e Jacob temos a origem do povo de Israel. O nome de Israel foi dado a Jacob após os seus memoráveis encontros com Deus, aquando do regresso do exílio (Génesis 32:28 e 35:10). Os doze filhos de Jacob converteram-se nos pais das doze tribos de Israel, cuja História enche o Antigo Testamento.

A Sua Organização
Como Deus já tinha dito a Abraão, os descendentes do patriarca habitariam durante muito tempo num pais estrangeiro, onde seriam submetidos à escravidão. Isto teve lugar no Egipto, para onde José foi vendido pelos próprios irmãos e onde chegou a ser o Governador do país. Depois de ter chamado para junto de si a sua família, para a livrar da fome, José morre e dá-se uma mudança de dinastia no Egipto. A opressão e a escravatura vieram a ser a porção deste povo, que se tinha tornado muito numeroso durante esse longo tempo. Então Deus suscitou a Moisés, a quem a providência divina introduziu na corte do Faraó, para que ali recebesse todos os conhecimentos que o povo egípcio possuía. São assim os caminhos de Deus, que queria dotar a Israel de um libertador para o conduzir e o ensinar; e não só isto, mas também formar um legislador que escrevesse as leis que Ele lhe ditaria, para as comunicar ao povo.
O advento de Moisés e a revelação que Deus lhe faz no Monte Horeb, diante da sarça ardente, são o ponto de partida da relação de Deus com Israel; mas a saída do Egipto, com o sacrifício da Páscoa e a travessia do Mar Vermelho também fazem parte desse ponto de partida, sob o ponto de vista humano. Desde que o sangue do cordeiro pascal foi espargido à entrada das casas israelitas, o povo foi separado para ser libertado. E uma vez saído do Egipto, através do Mar Vermelho, é conduzido pelo próprio Deus, para vir a ser introduzido na terra prometida a Abraão.
Um povo de mais de dois milhões de pessoas carecia de uma legislação adequada. Porém, como provê-la? É Deus que, mais uma vez, pela disposição dos anjos, dá ao Seu povo uma lei que ficou como um modelo no seu género até aos nossos dias. Nada foi deixado à mercê da fantasia do homem. Tudo assenta sobre o que Deus ordenou a Moisés, quer no Monte Sinai, quer no meio do tabernáculo do testemunho. Tanto para o culto como para a vida corrente, os ensinamentos são sempre comunicados por Deus.

O Seu Destino
O pensamento de Deus em relação ao Seu povo foi comunicado a Abraão, foi mencionado a Moisés e foi confirmado uma infinidade de vezes pelos profetas. Foi objecto do louvor de Israel à beira do Mar Vermelho: "Tu os introduzirás, e os plantarás no monte da tua herança, no lugar que tu, ó Senhor, aparelhaste para a tua habitação, no santuário, ó Senhor, que as tuas mãos estabeleceram" (Exodo 15.17). Tal pensamento consistia em morar no meio do Seu povo e em que este fosse totalmente feliz à Sua volta.
Para tornar possível o cumprimento deste desígnio de amor, Deus utilizou todos os meios, indo ao ponto de enviar o Seu Unigénito Filho, mas foi tudo em vão: A lei foi violada, os profetas não foram escutados, e o Filho foi assassinado! Que resta, pois? Cumprirá Deus as Suas promessas, apesar de tudo? A constante rebelião do Seu povo não fará com que os Seus pensamentos mudem em relação a ele? A única resposta a estas perguntas reside na misericórdia divina, como lemos em Romanos 11: " Porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis. Porque assim como vós, também, antigamente fostes desobedientes a Deus, mas agora alcançastes misericórdia, pela desobediência deles, assim também estes, agora, foram desobedientes, para também alcançarem misericórdia, pela misericórdia a vós demonstrada. Porque Deus encerrou a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia... Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! " (Romanos 11:29-33).
O profeta Miqueias já o declarara no final da sua mensagem: "Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniquidade, e que te esqueces da rebelião do restante da tua herança? O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na benignidade. Tornará a apiedar-se de nós; subjugará as nossas iniquidades, e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar. Darás a Jacob a fidelidade, e a Abraão a benignidade, que juraste a nossos pais, desde os dias antigos" (Miqueias 7:18-20).
Sim, Deus abençoará o Seu povo quando este se voltar para o Senhor, a Quem crucificaram, e quando, com a mais profunda humildade, confessarem o seu crime (veja-se Zacarias 12:10-14). O Senhor Jesus aparecerá em glória perante os olhares admirados do Remanescente futuro, que Lhe dirá: "Que feridas São essas nas tuas mãos?" E Ele responderá: "São as feridas com que fui ferido, em casa dos meus amigos (Zacarias 13: 6). Será então estabelecido o Reino de Justiça e Paz, pelo qual o mundo inteiro suspira, e que levará Israel a desfrutar finalmente das promessas feitas a Abraão há uns quatro mil anos.

O Privilégio Deste Povo
Atualmente Israel ainda está em estado de desgraça. O profeta Oseias, já o anunciara, ao dizer: "Põe-lhe o nome de Lo-ruhama, porque eu não me tornarei mais a compadecer da casa de Israel... Póe-lhe o nome de Lo-ammi, porque vós não sois meu povo, nem eu serei vosso Deus" (Oseias 1:6 e 9). (Lo-ruhama significa Desfavorecida, e Lo-ammi quer dizer Não-meu-povo).
No entanto este estado não impede que a bondade de Deus se manifeste sempre para com todo aquele que, de coração contrito, para Ele se volte, seja Judeu ou Gentio. Mas o reatamento das relações privilegiadas de Deus com Israel não terá lugar senão mais tarde, quando a Igreja estiver completa e todos os seus membros reunidos, Judeus e Gentios: "Não quero, irmãos, que ignoreis... que o endurecimento veio, em parte, sobre Israel, até que a plenitude dos Gentios haja entrado. E assim, todo o Israel será salvo... Assim que, quanto ao Evangelho, são inimigos, por causa de vós; mas, quanto à eleição, são amados, por causa dos pais. Porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis" (Romanos 11:25-29).
Este povo, colocado sob o Juízo de Deus por causa da sua desobediência, continua sendo, não obstante, um povo privilegiado! "Logo, qual é a vantagem do Judeu? Ou qual a utilidade da circuncisão? Muita, sob todos os aspetos, mas principalmente porque aos Judeus foram confiados os oráculos de Deus" (Romanos 3:1-2). Também se diz de Israel: "Dos quais é a adoção de filhos e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas; dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente" (Romanos 9:4-5).
As profecias relativas a Israel enchem a Palavra de Deus. Foram proferidas, desde os tempos antigos, quer pelo próprio Deus, quando Se dirigiu aos patriarcas, quer por Jacob, no magnífico capitulo 49 de Génesis, quer por Balaão nos capítulos 23 e 24 de Números, onde lemos, entre outras coisas: "Eis que este povo habitará só, e entre as gentes não será contado" (Números 23:9). O facto de este povo ter conservado a sua própria identidade, apesar da sua dispersão por todo o mundo e das inumeráveis perseguições que tem sofrido, continua sendo um mistério, demonstrando bem quão verdadeira é a Palavra de Deus Esta "nação alta e polida... povo terrível desde o seu início; nação de medidas e de vexames" (Isaías 18 2) não será Israel no tempo atual? Não será maravilhoso ler tantas vezes nas Sagradas Escrituras descrições proféticas escritas há mais de dois mil anos, referentes a Israel, que correspondem exatamente ao que lhe tem ocorrido, ao que lhe ocorre e ao que lhe há-de acontecer?
A característica deste povo judeu, que tem atraído sobre si o ódio e que tem suscitado a inveja entre os seus vizinhos, corresponde rigorosamente à sua História, tal como nos é revelada na Palavra de Deus. Cego como está quanto a Cristo, sob o império do poderoso enganador, que tem obscurecido o seu coração, utiliza o seu engenho para aumentar o seu orgulho e o seu desejo de domínio. Quando Israel se voltar para o Senhor Jesus, e, com perfeita humildade, reconhecer Aquele que crucificou, terá lugar a sua plena restauração. O potencial dos recursos acumulados há-de servir para a prosperidade do período bendito que então será instaurado. Este povo industrioso saberá tirar proveito do que tiver adquirido durante a sua dispersão, e, elevado então a cabeça das nações, fará beneficiar o mundo dos poderosos meios de que dispuser. (Ver: Números 24:5-7); Deuteronómio 28:1-14; Isaías 60:1 a 61:9).
e) As Tribulações de Israel
Ainda no Egipto, os filhos de Israel conheceram a tribulação. Quando surgiu um novo Faraó, que não tinha conhecido José, decidiu submeter à escravatura o povo israelita, que, a seus olhos, se tinha tornado muito numeroso, e, portanto, de temer, acabando por decretar que fossem assassinados todos os recém-nascidos do sexo masculino, para, desse modo, destruir aquela raça, que o importunava. Todavia, por detrás do Faraó, nesta medida discernimos o próprio Satanás fazendo tudo quanto podia para invalidar a promessa que Deus fizera a Eva em relação à sua semente, que, um dia, havia de esmagar a cabeça da serpente. Muitas vezes Satanás repetiu os seus esforços nesse sentido, indo até ao massacre dos meninos de Belém, mas Deus não permitiu a total realização desses diabólicos intentos.
Outra das astúcias de Satanás consistiu em seduzir o povo de Deus, levando à rebelião contra Jehovah. Ao atrair sobre ele o justo castigo divino, talvez Satanás pensasse que Deus abandonaria esse povo rebelde. Com efeito, desde a travessia do deserto até à deportação para Babilónia, frequentemente se abateram sobre Israel diversos e mui severos castigos. No entanto Deus dá sempre seguimento à Sua misericórdia, atuando por causa do Seu Nome, "para que não fosse profanado diante dos olhos das nações" (Ezequiel 20:9, 14 e 22).
A rejeição do Messias por parte de Israel e a morte de Jesus atraíram sobre este povo um Terrível Juízo. A Jerusalém foi saqueada, destruída, e os seus habitantes dispersos entre todas as nações, como consequência direta do crime do Gólgota.

E desde há perto de dois mil anos que o povo judeu sofre tribulações como nenhuma outra nação jamais conheceu. "Caia sobre nós o seu sangue, e sobre nossos filhos!" (Mateus 27:25), e, com efeito, assim tem acontecido. Os "ghettos" (bairros onde eram confinados os Judeus), os campos de extermínio e as câmaras de gás ainda estão na memória de todos. Satanás está por detrás da cena, não o duvidemos, dado que o seu propósito consiste sempre em prejudicar o cumprimento dos desígnios de Deus; mas estes hão-de realizar-se para glória do Senhor e Salvador nosso, Jesus Cristo, para plena restauração de Israel e para bênção universal.
Mas, até que esse acontecimento tenha lugar, haverá ainda um terrível tempo de prova para os judeus: "Tempo de angústia para Jacob; ele, porém, será livrado dela" (Jeremias 30:7).
Esta tribulação sem precedentes, limitada a três anos e meio, é anunciada pelos profetas, pelo Senhor Jesus e pelos apóstolos, e terminará com o glorioso advento do Senhor e a destruição do Anticristo. Este sinistro personagem, que se apresentará como Deus e atuará em seu próprio nome, será recebido pela nação apóstata e muitos o seguirão no seu erro.
No entanto, um Remanescente fiel permanecerá unido ao seu Deus, esperando vigilante a vinda do Senhor. Este grupo, preservado no meio desse terrível período, é representado pelos 144.000 selados do capítulo 7 de Apocalipse, que formarão o núcleo do Israel futuro e a raiz desse novo povo, que será uma bênção na Terra, sob a égide do Rei de Glória.

Por F. Gfeller
Fonte: irmaos.net


"LEITURA DE DOMINGO"


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