Devem
ou podem os cristãos ter uma árvore de Natal?
A
árvore de Natal tem origem em antigos rituais pagãos?
A
árvore de Natal não tem origem em qualquer forma ou acto de paganismo. Não há
nenhuma evidência de qualquer prática religiosa pagã que contemple uma árvore
especial.
O
relato de celebração mais comparável, será o dos romanos a celebrarem o
solstício de inverno com uma celebração chamada Saturnalia em honra de Saturnus,
o deus da agricultura. Eles trocavam presentes entre si e decoravam as suas
casas com plantas verdes e luzes.
No
final da Idade Média, alemães e escandinavos colocavam árvores de folha precistente
dentro das suas casas, ou perto das suas portas do lado de fora para mostrarem
a sua esperança na próxima Primavera.
As
primeiras árvores de Natal foram decoradas por cristãos protestantes na
Alemanha do século XVI, e a nossa árvore de Natal actual desenvolveu-se a
partir dessas primeiras tradições alemãs e escandinavas, e o costume a outros
países.
Na
Bíblia não encontramos nenhuma menção referente às árvores de Natal, nem contar
nem a favor.
Tem
sido pretensamente reclamado por alguns puristas, que a passagem Bíblica de Jeremias
10:1-16, proíbe o corte e decoração de árvores da forma como alguns o fazem no
Natal. No entanto, até mesmo numa leitura superficial do texto deixa claro que
a passagem trata de proibir ídolos feitos de madeira revestidos ou decorados com
prata e ouro para serem adorados.
Semelhante
acontece com Isaías 44, onde Isaías fala da tolice dos adoradores de ídolos que
cortam uma árvore, queimam parte dela para se aquecerem e usam a outra parte
para criar um ídolo para adorar.
Assim,
a menos que nos curvemos diante da nossa árvore de Natal e a usemos um ídolo e
a adoremos, estas passagens não podem ser aplicadas à árvores de Natal.
Não conheço
ensino Bíblico, ou significado espiritual para ter ou não ter uma árvore de
Natal. Mas quem sou eu?
De
qualquer forma, qualquer que seja a escolha, por trás da decisão de um crente
sobre esta, ou outras as questões de consciência, o propósito deverá ser sempre
o de agradar ao SENHOR. Romanos 14:5-6 fala-nos acerca de um princípio de
liberdade com esta responsabilidade.
Há
quem considere um dia mais sagrado do que outro, há quem considere iguais todos
os dias. Cada um deve estar plenamente seguro da sua convicção. Aquele que
considera um dia especial, para o SENHOR o faz.
Não
agrada ao SENHOR que os cristãos se desentendam entre si por celebrarem o Natal
com ou sem árvore.
Quando
achamos que de alguma forma alcançamos um plano de espiritualidade mais elevado
por fazermos ou não fazermos algo sobre o qual a Bíblia é omissa, usamos de
forma errada a nossa liberdade em Cristo, criamos divisões dentro do corpo e,
assim, desonramos ao SENHOR.
“Portanto,
quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória
de Deus.” (1 Coríntios 10:31).
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