Por Jabesmar Aguiar Guimarães
Caros amigos, não é o objectivo
deste estudo criticar, atacar ou ofender a vossa fé conforme o ensino que vocês receberam. Queremos apenas esclarecer alguns pontos que divergem do que a Bíblia
ensina sobre o cultuar, venerar ou adorar personagens bíblicos.
O nosso assunto trata da
divergência entre cristãos Protestantes e Católicos Romanos no que diz respeito
a posição bíblica de Maria no cenário religioso. Para tanto vamos recorrer
tanto à Bíblia como a fontes históricas. Queremos esclarecer que
pessoalmente não temos nada contra a mãe do nosso Salvador (a Maria bíblica). É
claro na Bíblia a importante posição de Maria dentro do Plano de Salvação que
Deus providenciou para a humanidade. Ela era uma jovem judia temente a Deus que
O adorava como o Único Deus Verdadeiro e por isso foi escolhida para gerar em
seu ventre, por ação direta do Espírito Santo, o Messias prometido como o Único
capaz de salvar todo aquele que nEle crer. Portanto, não poderíamos ignorar o
seu importante papel dentro dos planos de Deus. O que queremos sim, é
questionar de forma inteligente e respeitosa, e bíblica o elevado papel que os
homens deram a bem aventurada Maria.
São estes pontos de divergência
que iremos analisar para que o leitor possa tirar as próprias conclusões.
Queremos oferecer ao leitor a oportunidade de conhecer o outro lado da moeda
que tem sido ocultado propositalmente da grande maioria dos cristãos. Eis
abaixo alguns deles:
1) A Imaculada Conceição de Maria.
Dogma oficializado pelo Papa Pio
IX em 1854. Ele disse que a "santíssima virgem Maria foi preservada de
toda mancha do pecado original no primeiro instante da sua concepção". No
século VIII, a igreja na Inglaterra começou a celebrar uma festa da concepção
de Maria.
Tomás de Aquino (1225-1274),
teólogo e doutor da Igreja Católica se opôs a introdução desta festa na França.
Vemos, portanto, que mesmo entre os grandes homens da fé Católica houve
divergência quanto a este assunto. Vejamos agora o que a Bíblia diz a este
respeito: Simplesmente nada!!! É apenas uma doutrina dos homens. A Bíblia diz
em Romanos 5:12: "Portanto, assim como por um só homem (Adão) entrou o
pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os
homens, porque todos pecaram." O amigo leitor pode ver que a Bíblia mostra
claramente que o pecado entrou no mundo por meio de Adão e Eva e que todos os
seus descendentes herdaram a essência do pecado. Esclarecemos que ao dizer que
todos pecaram., a Bíblia, em nenhum, lugar isenta os personagens bíblicos do
pecado original. A única isenção que ela faz é em relação ao Senhor Jesus
Cristo afirmando que Ele jamais pecou. Olhemos para o livro de Hebreus 4:15:
"Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas
fraquezas; antes, foi Ele (Jesus) tentado em todas as coisas, à nossa
semelhança, mas sem pecado."
2) A Assunção de Maria.
Doutrina promulgada pelo Papa Pio
XII em 1950 como necessária para a salvação. Ele declarou: "A imaculada
mãe de Deus, a sempre virgem Maria, tendo completado o decurso da sua vida
terrena, foi assunta, corpo e alma, para a glória celestial". Não existe
base bíblica, apostólica ou pós-apostólica para apoiar esta doutrina. Até o
século IV os cristãos celebravam uma festa comemorativa à morte de Maria.
Somente no fim do século VII incluiu-se a assunção. Nicolau I por decreto, em
863, oficializou a festa da assunção de Maria. Portanto, vemos somente decisões
humanas no sentido de colocar Maria num pedestal em que jamais a Bíblia prevê.
É de se estranhar que um fato que seria de suma importância para os cristãos
(caso fosse verídico) não tenha sido narrado por nenhum dos apóstolos em suas
inúmeras cartas. A Bíblia ignora totalmente este assunto.
3) A Perpétua Virgindade de Maria.
É verdade que a Bíblia fala
claramente sobre a concepção virginal de Jesus. Quando se achou grávida Maria
era virgem e jamais havia se relacionado com um homem. A concepção virginal é
uma verdade bíblica incontestável! Porém, dizer que ela continuou virgem depois
do nascimento de Jesus não condiz com a verdade bíblica. Para não dizer que
nossos argumentos são fundamentados na Bíblia dos protestantes apenas, vejamos
o que diz a "Bíblia Mensagem de Deus" de uma editora católica
(Edições Loyola): "Acordando do sono José fez como lhe tinha ordenado o
anjo do Senhor: tomou consigo sua esposa, mas ele não teve relações com ela até
quando deu a luz um filho a quem deu o nome de Jesus" (Mateus 1:24,25).
Não vamos discutir se ela teve mais filhos ou não. O fato é que a Bíblia diz
claramente que José não teve relações com ela até quando deu a luz a seu filho,
Jesus. O termo "até quando" indica claramente que depois do
nascimento eles tiveram uma vida conjugal normal.
4) Maria Como Intercessora.
Existem alguns pensamentos
católicos no que diz respeito a Maria como intercessora pelos homens junto ao
Senhor Jesus. Frases como: "Peça a Mãe que o Filho atende" ou até
mesmo na Ave Maria que diz: "...santa Maria, mãe de Deus rogai por nós os
pecadores...". Como estamos analisando o ensino da Bíblia, vejamos o que
ela diz: "Porquanto há um só Mediador (intercessor) entre Deus e os
homens, Cristo Jesus, homem, o qual a si mesmo se deu em resgate por todos:
testemunho que se deve prestar em tempos oportunos" (I Timóteo 2:5,6).
Ora, se a Palavra de Deus afirma que só existe um INTERCESSOR como podemos aceitar
a opinião daqueles que dizem haver necessidade de mais intercessores como a bem
aventurada Maria e até mesmo outros santos?
Todo cristão autêntico tem livre
acesso à presença de Deus. A Bíblia diz, em Hebreus 10:19,20: "Tendo,
pois, irmãos, ousadia para entrar no Santo dos Santos (na presença de Deus),
pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu,
isto é, pela sua carne..." Isto significa que o caminho direto a Deus nos
foi aberto por Jesus Cristo quando Ele derramou seu sangue na cruz do Calvário.
Devemos então chegar até Deus diretamente em nome do Senhor Jesus. O próprio
Jesus nos diz que devemos pedir as coisas a Deus no seu nome e não no de
qualquer outra pessoa. Mesmo que esta pessoa seja alguém tão importante como
Maria. Vemos isto em João 14:13,14: "E tudo quanto pedirdes em meu nome,
isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma
coisa em meu nome eu o farei."
Um último esclarecimento se faz
necessário quanto a pessoa de Maria. Ela mesmo reconheceu-se como alguém que
tinha necessidade de um Salvador. No magnificat lemos as palavras proferidas
pelos seus próprios lábios: "Então disse Maria: a minha alma engrandece ao
Senhor, e o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador, ..." (Lucas
1:46,47). Analise e veja se temos ou não razão para divergirmos seriamente
sobre este assunto de tão relevada importância.
Querido (a) leitor (a), quem está
com a verdade? A Bíblia ou os homens? A Palavra de Deus ou a dos homens? Não
existem duas verdades sobre o mesmo assunto. Por exemplo: Se uma casa é branca,
ela não pode ao mesmo tempo ser preta. Ou é uma coisa ou outra! Com as coisas
espirituais é assim também. Ou a Bíblia está certa e os homens errados, ou os
homens estão certos e a Bíblia errada. A escolha é sua. Em quem você prefere
confiar? Nós confiamos na Palavra infalível de Deus, pois Ele não pode mentir
(Tito 1:2).
Confira na sua Bíblia os
textos citados e pesquise as fontes históricas.
(Fonte: irmaos.net)
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