O
que é fé?
"A
fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos."
Esta é a definição dada pela Bíblia. Fé está presente no cotidiano de cada ser
humano. Podem-se enumerar muitos exemplos de fé: a confiança que depositamos
num amigo ou numa instituição, a certeza de que seremos capazes de vencer
alguma etapa especial da vida, etc. A fé no Deus da Bíblia é exemplo de uma fé
especialmente valiosa. Ela não é uma compilação de opiniões aceites sem
demonstração. Consiste em confiança e resulta em manifestações observáveis. A
Bíblia explica isto da seguinte forma. "Sem fé ninguém pode agradar a
Deus, porque quem vai a Deus precisa de crer que ele existe e que recompensa os
que procuram conhecê-lo melhor. É pela fé que entendemos que o Universo foi
criado pela palavra de Deus e que aquilo que pode ser visto foi feito daquilo
que não se vê. Foi pela fé que as pessoas do passado conseguiram a aprovação de
Deus. Pela fé lutaram contra nações inteiras e venceram. Fizeram o que era
certo e receberam o que Deus lhes havia prometido. Apagaram incêndios terríveis
e escaparam de serem mortos à espada. Eram fracos, mas tornaram-se fortes.
Foram poderosos na guerra e venceram exércitos estrangeiros. Nós temos essa
grande multidão de testemunhas ao nosso redor. Portanto, deixemos de lado tudo
o que nos atrapalha e o pecado que se agarra firmemente em nós e continuemos a
correr, sem desanimar, a corrida marcada para nós. Conservemos os nossos olhos
fixos em Jesus, pois é por meio dele que a nossa fé começa, e é ele quem a
aperfeiçoa."
O
que é ciência?
Ciência
é o conhecimento ou um sistema de conhecimentos que abarca verdades gerais ou a
operação de leis gerais identificadas e testadas através do método científico.
Com alguma frequência o método científico é confundido com a formulação de
hipóteses e explicações plausíveis. Mas o método científico é um conjunto de
regras básicas para o desenvolvimento de experimentações, verificações e testes
a fim de produzir conhecimento, bem como corrigir e integrar conhecimentos
preexistentes. É baseado no uso da razão para juntar evidências observáveis, percecionadas
e calculáveis. Embora procedimentos variem de uma área da ciência para outra,
consegue-se determinar certos elementos que diferenciam o método científico de
outros métodos. Primeiramente o cientista propõe hipóteses para explicar certo
fenômeno ou observação de interesse. Baseado nas suas hipóteses, o cientista
faz previsões e então desenvolve experiencias e verificações para testar assuas
previsões. Previsões não confirmadas levam à rejeição das hipóteses. Hipóteses
não rejeitadas eventualmente podem ser consolidadas em teorias. Toda a hipótese
ou teoria deve necessariamente permitir a formulação de previsões e permanece
constantemente sujeita a novos testes, podendo ser refutada à luz de nova
informação experimental. Todo o processo precisa de ser objetivo, para que o
cientista seja imparcial na interpretação dos resultados. Outra expectativa
básica do método científico é que todo o procedimento precisa de ser
documentado, tanto os dados quanto os procedimentos, para que outros cientistas
possam analisá-los e reproduzi-los.
A
função do cientista e da ciência é explicada (por John
Polkinghorne) seguinte forma: "Os cientistas são fabricantes de
mapas do mundo físico. Nenhum mapa nos diz tudo o que poderia ser dito sobre um
terreno, mas numa determinada escala pode fielmente representar a estrutura
existente. No sentido de uma aproximação cada vez melhor da verdade sobre a
matéria, a ciência proporciona-nos um domínio cada vez mais firme da realidade
física." (de Faith, science and understanding, Yale University Press, 2001)
Ciência
e fé se excluem mutuamente ou são incompatíveis?
Dadas
as definições acima fica claro que ciência e fé não se excluem mutuamente. No
entanto há pessoas que continuam a insistir na incompatibilidade da fé e da ciência.
Tais
pessoas não possuem conceitos consistentes de fé e ciência, ou possuem motivos
ideológicos para dogmatizar uma incompatibilidade entre fé e ciência, que de
fato não existe. Como exemplos, pode-se citar Bertrand Russell e Richard Dawkins.
Nos seus livros Religion and science e Why
I am not a Christian o filósofo e matemático Bertrand Russell lista
estultícias cometidas em nome da religião, faz generalizações ousadas e
apresenta paródias de certos aspetos da religião, mas evita a confrontação com
a fé bíblica. Além disso, arranca alguns ditos de Jesus do contexto e, na
maioria das vezes, restringe-se a atirar a alvos irreais, sendo notável a
ausência de uma discussão equilibrada. A ideologia de Bertrand Russell, da qual isso
resulta, é bem conhecida. Já o biólogo e escritor Richard Dawkins, no seu livro
mais vendido - The God Delusion -
esforça-se para ridicularizar e insultar a fé cristã, usando argumentos filosóficos
que "seriam avaliados com nota insuficiente numa classe de filosofia do
segundo ano da faculdade." Leia aqui o
comentário completo de um dos principais professores de filosofia da atualidade, Alvin Plantinga, da Universidade de Notre-Dame.
Existem
evidências científicas que provam a existência de Deus?
Existem
evidências científicas que apontam para
a existência de um Criador. A
página Internet Fomos Planejados, de autoria de Marcos N.
Eberlin, membro da Academia Brasileira de Ciências e professor de Química da
Unicamp, apresenta e discute muitas dessas evidências.
Adicionalmente,
evidências históricas, argumentos filosóficos e teológicos mostram ser mais
razoável admitir a existência de Deus do que negá-la. Muitas publicações
apresentam e discutem tais evidências e argumentos, por exemplo:
·
W.L. Craig - "Deus existe?", tradução do artigo
"Does God Exist?", disponível em www.reasonablefaith.org .
·
W.L. Craig - Reasonable faith, Edição Revisada,
Crossway Books, 1994.
·
P. Glynn - Deus,
a evidência, Editora Madras, 1998.
·
A. Plantinga - Two dozen (or so) theistic
arguments. Este
documento contém notas de aula distribuídas por Alvin Plantinga por ocasião do
NEH (National Endowment for the Humanities) Institute in Philosophy of
Religion, um evento realizado em 1986.
No
entanto, deve-se lembrar sempre que evidências possuem valor circunstancial e
argumentos filosóficos e teológicos são objetos de debates acalorados. Crer em
Deus ou crer na inexistência de Deus são e continuarão a ser uma posição de fé.
(Fonte: Site Fé e Ciência)
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