Até
agora a doutrina da prosperidade só tem melhorado a vida dos seus pregadores e
tem fracassado para fazer o mesmo com a vida dos seus seguidores, a doutrina da
prosperidade continua a influenciar muita gente e a encher muitas igrejas ditas
evangélicas.
Uma
das razões pela qual muitos (e até evangélicos) têm dificuldade em perceber o
que está errado com a doutrina da prosperidade é que ela é diferente das
heresias clássicas defendidas pelos mórmons e "testemunhas de Jeová",
sobre a pessoa de Cristo. A doutrina da prosperidade é um tipo diferente de
erro teológico. Ela não nega diretamente nenhuma das verdades fundamentais do
Cristianismo. É mais uma questão de ênfase e omissão. O problema não é o que a doutrina
da prosperidade diz, e sim como diz e o que não diz.
• Ela está certa quando diz que Deus tem
prazer em abençoar os seus filhos com bênçãos materiais, mas erra quando deixa
de dizer que qualquer bênção vinda de Deus é graça e não um direito que temos e
que podemos reivindicar ou exigir dEle.
• Ela está certa quando diz que podemos
pedir a Deus bênçãos materiais, mas erra quando deixa de dizer que Deus tem o
direito de as negar quando achar por bem, sem que isto seja por falta de fé ou
fidelidade da nossa parte.
• Ela está certa quando diz que devemos declarar
e confessar sempre de maneira positiva que Deus é bom, justo e poderoso para
nos dar tudo o que precisamos, mas erra quando deixa de dizer que estas
declarações positivas, por si mesmas não são motivo para fazer com que Deus nos
abençoe materialmente.
• Ela está certa quando diz que devemos ofertar
para a obra de Deus, mas erra quando deixa de dizer que isto não obriga Deus a retribuir
de volta e em maior conta.
• Ela está certa quando diz que Deus faz
milagres e multiplica o azeite da viúva, mas erra quando deixa de dizer que nem
sempre Deus está disposto, na sua sabedoria insondável, a fazer milagres para
atender nossas necessidades, e que na maioria das vezes ele quer abençoar-nos
materialmente através do nosso trabalho duro, honesto e constante.
• Ela está certa quando identifica os
poderes malignos por detrás da opressão humana, mas erra quando deixa de
identificar outros fatores como a corrupção, a desonestidade, a ganância, a
mentira e a injustiça, os quais se combatem, não com expulsão de demónios, mas
com ações concretas no âmbito social, político e económico.
• Ela está certa quando diz que Deus
recompensa a fidelidade mas erra quando deixa de dizer que por vezes Deus
permite que os fiéis sofram muito aqui neste mundo.
• Ela está certa quando diz que podemos
pedir e orar e buscar prosperidade, mas erra quando deixa de dizer que um não
de Deus a estas orações não significa que Ele esteja irado connosco.
• Ela Está certa quando cita textos da
Bíblia que ensinam que Deus recompensa com bênçãos materiais aqueles que o
amam, mas erra quando deixa de mostrar aquelas outras passagens que registam o
sofrimento, pobreza, dor, prisão e angústia dos servos fiéis de Deus.
• Ela está certa quando destaca a
importância e o poder da fé, mas erra quando deixa de dizer que o critério
final para as respostas positivas de oração não é a fé do homem mas a vontade
soberana de Deus.
• Ela está certa quando nos encoraja a
buscar uma vida melhor, mas erra quando deixa de dizer que a pobreza não é
sinal de infidelidade e nem a riqueza é sinal de aprovação da parte de Deus.
• Ela está certa quando nos encoraja a
buscar-mos a Deus, mas erra quando induz os crentes a buscá-Lo em primeiro
lugar por coisas que a Bíblia considera secundárias, passageiras e provisórias,
como bens materiais, o bem-estar social e até a saúde.
A Doutrina
da prosperidade, identifica um ponto biblicamente correto, abstrai-o do seu contexto
maior das Escrituras Sagradas e utiliza-o de forma que produz uma religiosidade
que não é Cristianismo bíblico.
Se deseja saber mais acerca deste assunto,
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