Este não é mais um sítio de religião, como tantos que por aì proliferam. Infelizmente, o mundo religioso está dominado pelo materialismo e pelos interesses de projecção pessoal e financeiro de muitos dos seus líderes. Deturpam a verdade com mentiras e usam a ignorância das pessoas que na sua boa fé neles acreditam, aproveitando-se dos seus bons sentimentos e, quantas vezes, também do seu dinheiro. Não sou devoto de nenhuma religião. Todas as religiões, ainda que possam ter alguns fundamentos de bondade, são conduzidas por homens e para homens, pelo que estão viciadas nos seus caminhos. Eu creio no Senhor Jesus Cristo. A minha "religião" é a Pessoa de Jesus Cristo. A palavra religião significa religar (re+ligare) e, de facto, apenas o Senhor Jesus Cristo re-ligou o que estava separado, isto é, o Homem com Deus (1 Timóteo 2:5,6). É por isso que a minha fé não se baseia nas tradições humanas ou em qualquer religião (seja ela católica, evangélica, ortodoxa ou outra), mas nas Palavras do Senhor Jesus Cristo, tais como se encontram exaradas na Bíblia Sagrada, a única regra de fé espiritual em que faço pautar toda a minha meditação e conduta de vida. (Luz para a Vida)

domingo, 28 de outubro de 2012

DOUTRINA DA PROSPERIDADE (1)



Até agora a doutrina da prosperidade só tem melhorado a vida dos seus pregadores e tem fracassado para fazer o mesmo com a vida dos seus seguidores, a doutrina da prosperidade continua a influenciar muita gente e a encher muitas igrejas ditas evangélicas.
Uma das razões pela qual muitos (e até evangélicos) têm dificuldade em perceber o que está errado com a doutrina da prosperidade é que ela é diferente das heresias clássicas defendidas pelos mórmons e "testemunhas de Jeová", sobre a pessoa de Cristo. A doutrina da prosperidade é um tipo diferente de erro teológico. Ela não nega diretamente nenhuma das verdades fundamentais do Cristianismo. É mais uma questão de ênfase e omissão. O problema não é o que a doutrina da prosperidade diz, e sim como diz e o que não diz.
•          Ela está certa quando diz que Deus tem prazer em abençoar os seus filhos com bênçãos materiais, mas erra quando deixa de dizer que qualquer bênção vinda de Deus é graça e não um direito que temos e que podemos reivindicar ou exigir dEle.
•          Ela está certa quando diz que podemos pedir a Deus bênçãos materiais, mas erra quando deixa de dizer que Deus tem o direito de as negar quando achar por bem, sem que isto seja por falta de fé ou fidelidade da nossa parte.
•          Ela está certa quando diz que devemos declarar e confessar sempre de maneira positiva que Deus é bom, justo e poderoso para nos dar tudo o que precisamos, mas erra quando deixa de dizer que estas declarações positivas, por si mesmas não são motivo para fazer com que Deus nos abençoe materialmente.
•          Ela está certa quando diz que devemos ofertar para a obra de Deus, mas erra quando deixa de dizer que isto não obriga Deus a retribuir de volta e em maior conta.
•          Ela está certa quando diz que Deus faz milagres e multiplica o azeite da viúva, mas erra quando deixa de dizer que nem sempre Deus está disposto, na sua sabedoria insondável, a fazer milagres para atender nossas necessidades, e que na maioria das vezes ele quer abençoar-nos materialmente através do nosso trabalho duro, honesto e constante.
•          Ela está certa quando identifica os poderes malignos por detrás da opressão humana, mas erra quando deixa de identificar outros fatores como a corrupção, a desonestidade, a ganância, a mentira e a injustiça, os quais se combatem, não com expulsão de demónios, mas com ações concretas no âmbito social, político e económico.
•          Ela está certa quando diz que Deus recompensa a fidelidade mas erra quando deixa de dizer que por vezes Deus permite que os fiéis sofram muito aqui neste mundo.
•          Ela está certa quando diz que podemos pedir e orar e buscar prosperidade, mas erra quando deixa de dizer que um não de Deus a estas orações não significa que Ele esteja irado connosco.
•          Ela Está certa quando cita textos da Bíblia que ensinam que Deus recompensa com bênçãos materiais aqueles que o amam, mas erra quando deixa de mostrar aquelas outras passagens que registam o sofrimento, pobreza, dor, prisão e angústia dos servos fiéis de Deus.
•          Ela está certa quando destaca a importância e o poder da fé, mas erra quando deixa de dizer que o critério final para as respostas positivas de oração não é a fé do homem mas a vontade soberana de Deus.
•          Ela está certa quando nos encoraja a buscar uma vida melhor, mas erra quando deixa de dizer que a pobreza não é sinal de infidelidade e nem a riqueza é sinal de aprovação da parte de Deus.
•          Ela está certa quando nos encoraja a buscar-mos a Deus, mas erra quando induz os crentes a buscá-Lo em primeiro lugar por coisas que a Bíblia considera secundárias, passageiras e provisórias, como bens materiais, o bem-estar social e até a saúde.
A Doutrina da prosperidade, identifica um ponto biblicamente correto, abstrai-o do seu contexto maior das Escrituras Sagradas e utiliza-o de forma que produz uma religiosidade que não é Cristianismo bíblico.

Se deseja saber mais acerca deste assunto,
contacte-me para: alfredopsilva@gmail.com


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