Este não é mais um sítio de religião, como tantos que por aì proliferam. Infelizmente, o mundo religioso está dominado pelo materialismo e pelos interesses de projecção pessoal e financeiro de muitos dos seus líderes. Deturpam a verdade com mentiras e usam a ignorância das pessoas que na sua boa fé neles acreditam, aproveitando-se dos seus bons sentimentos e, quantas vezes, também do seu dinheiro. Não sou devoto de nenhuma religião. Todas as religiões, ainda que possam ter alguns fundamentos de bondade, são conduzidas por homens e para homens, pelo que estão viciadas nos seus caminhos. Eu creio no Senhor Jesus Cristo. A minha "religião" é a Pessoa de Jesus Cristo. A palavra religião significa religar (re+ligare) e, de facto, apenas o Senhor Jesus Cristo re-ligou o que estava separado, isto é, o Homem com Deus (1 Timóteo 2:5,6). É por isso que a minha fé não se baseia nas tradições humanas ou em qualquer religião (seja ela católica, evangélica, ortodoxa ou outra), mas nas Palavras do Senhor Jesus Cristo, tais como se encontram exaradas na Bíblia Sagrada, a única regra de fé espiritual em que faço pautar toda a minha meditação e conduta de vida. (Luz para a Vida)

quinta-feira, 30 de junho de 2011

FÉ E RAZÃO




Não queiras entender para crer, crê para que possas entender. Se não crês, não entenderás. E desde que os homens deixaram de crer em Deus, não se nota que se tivessem tornado descrentes em tudo, mas sim que acreditam em tudo.



O maior trunfo do cristianismo é a realidade. Não fazemos parte de mais uma ideia optimista que nos distrai da realidade, mas a vemos como ela é, e apresentamos a solução para a grande contradição confusão humana.
Vivemos num mundo caótico, fruto de vãs filosofias. O homem tentou entender todas as coisas e encontrar um sistema, uma verdade universal, a partir de sua própria racionalidade. E falhou.

O resultado é que para conseguir viver dentro do seu desespero, o homem foi obrigado a crer em algo sem nenhuma razão, porque não consegue confiar a sua razão a algo que seus olhos não podem ver. O homem moderno percebeu que, se não há uma verdade universal, também não há esperança, mas foge desse facto de todas as formas possíveis.


O Apostolo Paulo já sabia disso há quase dois mil anos. A ressurreição de Cristo é a verdadeira confirmação de tudo o que ele pregou. Paulo diz na primeira carta aos Coríntios que “se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé… e ainda permaneceis nos vossos pecados. E também os que dormiram em Cristo estão perdidos.” (1 Coríntios 15:14-16). Porque se Cristo não ressuscitou, logo todo o processo bíblico falha.


“… o cristianismo não é romântico, é realista. O cristianismo é realista porque diz que se não há verdade, também não há esperança. E não pode haver verdade se não há base adequada. O cristianismo está preparado para enfrentar as consequências se for provado que não é verdadeiro e dizer com Paulo ‘Se for achado o corpo de Cristo a discussão está terminada; comamos e bebamos pois amanhã morreremos’. Não deixa espaço para uma resposta romântica.”¹


Outras filosofias e algumas religiões modernas tentam corrigir o mundo com esforço humano, ou então são românticos e tentam não ver a realidade decaída. Já o cristianismo “não olha para este mundo cansado e sobrecarregado e diz que tem alguns defeitos, está levemente amachucado e pode ser consertado facilmente. O cristianismo é realista e diz que o mundo está tomado pelo mal e que o homem é realmente culpado do início ao fim. O cristianismo recusa-se a dizer que podemos ter esperanças no futuro se basearmos a nossa esperança nas mostras de melhoras da humanidade”.¹


O cristianismo não vive em dualidade. Teólogos e filósofos contemporâneos dividem a fé da razão, e não as misturam, mas precisam das duas para viver. Então vivem ora no mundo racionalista, onde nada tem significado, porém sempre que necessário saltam para o mundo da fé, onde os seus conceitos morais e os seus significados estão guardados. Note-se que não necessariamente essa fé da qual o homem moderno se utiliza é crença em Deus, mas um lugar onde os seus conceitos que têm algum significado estão.


Para o cristianismo, a fé não está separada da razão. A Fé Cristã não é romantismo, mas sim a verdade e solução. O ser humano está morto, e nós sabemos que isso é resultado da sua revolta, que o separou do Deus vivo. Por isso o verdadeiro cristão não vive em contradição, nem em dicotomia, pois sabe em quem tem crido, e que a sua fé é racional (embora não seja racionalista). O ser humano recusa-se a querer viver onde o racionalismo o leva, a Verdade Divina. Prefere viver de forma onde conceitos como justiça ou integridade, não existem. É nesse o ponto que o homem moderno se encontra hoje em dia. O que é o amor senão algo subjectivo? O que é a fé, senão um salto para o escuro? O que é a justiça, senão algo indefinível e sem significado? Nada é absoluto para eles, nem mesmo conceitos inerentes ao ser humano.


Mas Cristo ressuscitou. Com mais de 500 testemunhas, e milhares de registos históricos. Ele morreu para nossa salvação, e ao viver nEle, não precisamos de mais nada. Ele dá sentido a nossa visão do mundo, e não precisamos viver uma vida dupla, pois todas as coisas convergem nEle. DEle e para Ele são todas as coisas.

¹ SCHAEFFER, Francia, “O Deus que Intervêm”, Refúgio, 1985.

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